quinta-feira, 27 de setembro de 2012

CAIPIRANAENSE : VIVA O PARANÁ!




TE AMO PARANÁ...


"Desde que nascemos, um mundo de signos lingüísticos nos cercam e suas inúmeras possibilidades comunicativas começam a tornar-se reais a partir do momento em que, pela imitação e associação, começamos a formular nossa mensagens.E toda nossa  vida em sociedade supõe um problema de intercâmbio e comunicação que se realiza fundamentalmente pela língua, o meio mais comum que dispomos para tal." (PRETTI, 1982:01)

Lançado em dezembro de 2010, o livro ‘Caipiranaense: o dialeto paranaense’, escrito pelo obstetra Alberto Olavo de Carvalho, reúne algumas das mais conhecidas expressões do dialeto caipira do Paraná. A obra é organizada em duas partes: ‘Enfim o dialeto’ e ‘O dialeto mais antigo’. O autor transmite por meio de 427 micro-contos mais de 1000 verbetes utilizados, principalmente, no interior do estado.

   O estado do Paraná, com sua colonização européia (italianos, alemães, ucranianos, japoneses, portugueses, etc.) possui seu dialeto próprio, com tudo dentro do próprio estado, existem os dialetos de cada região paranaense. Podemos dividir o Estado do Paraná, norte e sul, falando linguisticamente, justamente por conta da imigração , o que forma uma grande variação dialetal no mesmo estado.
Alemoa: loura
Apinchá: jogar
Atorá: cortar
Avil: isqueiro
Baita: grande
Bostiá: incomodar
Briquiá: trocar, de mano ou não
Camassada de pau: surra/apanhar
Campiá: procurar
Catrefa: pessoas que não valem nada
Chumaço: conjunto de alguma coisa
Cóça de laço: apanhar
Crêendios pai: exclamação quando algo dá errado
De revesgueio: de um tal jeito
De vereda: rápido
Fincá: cravar
Fuque: fusca
Garrão: calcanhar
Incebando: enrolando, fazendo cera
Ingrupi: enganar
Ínôzá: amarrar (já viu palavra com todas as sílabas com acento?)
Intertê: fazer passar o tempo com algo
Inticá: provocar
Intuiado: cheio
Invaretado: nervoso
Japona: jaqueta de nylon
Jóssa: coisa
Judiá: mal tratar
Lasarento: xingamento, como filho da p....
Luitá: brigar
Malinducado: mal educado
Paiêro: fumo de palha
Pânca: modo de se portar, por exemplo: panca de motoqueiro (jeito de motoqueiro)
Pare, home do céu: parar, o mesmo que 'se par de bobo' e 'deusolivre home'.
Pescociá: olhar para os lados, matar tempo
Pestiado: com alguma doença
Pexada: acidente
Piá pançudo: guri bobo
Podá: ultrapassar, ou cortar, o mesmo que apodá
Pozá: dormir em algum lugar
Proziá: conversar
Rancho: compra do mês
Relampejando: trovejando
Resbalão: escorregar
Rinso: sabão em pó
Sinalêro: semáforo
Táio: corte
Tchuco: bêbado
Trupicá: tropeçar
Tunda de laço: apanhar
Vortiada: passeio
Ximia: doce de passar no pão




Nenhum comentário:

Postar um comentário